É curioso como, a partir de uma simples conversa, pode surgir toda uma tendência que tem muito a dizer no campo da arquitetura, especialmente nas novas tendências da construção sustentável. Foi em 1988 que os professores Bo Adamson e Wolfgang Feist tiveram uma conversa que viria a dar origem a uma ideia inovadora: o conceito de “passivhaus” ou “casa passiva”.
Esta filosofia de construção visa minimizar o consumo de energia nas habitações, tirando o máximo partido dos recursos naturais e seguindo normas de eficiência elevadas. Deste modo, reduz-se a carga ambiental e obtêm-se poupanças consideráveis para os moradores, ou seja, uma declaração de princípios a favor do cuidado com o ambiente.
Uma casa passiva alcança resultados notáveis, especialmente em climas temperados, ao basear-se numa arquitetura bioclimática e ao adotar estratégias de arrefecimento passivo. Isto significa gerar calor ou frio sem a necessidade de dispositivos mecânicos. Adamson e Feist propuseram esta abordagem na Alemanha, nos anos 80, como alternativa ao estilo de construção dominante, que se afastava dos conhecimentos históricos sobre a adaptação aos diferentes climas. Não foi por acaso que as técnicas modernas de aquecimento surgiram com a Revolução Industrial.
Características das casas passivas
As casas passivas têm algumas características muito específicas que é importante compreender. Em primeiro lugar, têm um isolamento térmico de alta qualidade com o objetivo de reduzir a quantidade de energia necessária para aquecer ou arrefecer as divisões. Além disso, são concebidas tendo em conta as condições climáticas locais, tirando partido da exposição solar, da orientação e das características do ambiente.
A estanquidade ao ar é essencial na sua construção para evitar fugas que podem causar perdas de calor. As pontes térmicas, ou seja, os pontos fracos da estrutura que permitem uma transferência de calor indesejada, são também eliminadas.
Por outro lado, as janelas e portas das casas passivas são especialmente concebidas para garantir uma elevada eficiência energética e minimizar as perdas de calor e frio, aproveitando ao máximo a luz natural.
Como seria de esperar, a utilização de energias renováveis, como os painéis solares fotovoltaicos ou térmicos, é igualmente privilegiada para tornar as casas ainda mais respeitadoras do ambiente. Para além disso, é utilizado um sistema de ventilação mecânica com recuperação de calor para renovar o ar e utilizar a energia do ar de saída.
Construção de uma passivhaus
Qualquer pessoa interessada pode iniciar a construção de uma casa passiva. Para tal, é necessário dispor de um terreno adequado e de um projeto elaborado por um arquiteto especializado neste tipo de construção, a fim de garantir o cumprimento das normas necessárias.
É também de salientar que, embora este estilo de arquitetura seja normalmente utilizado na construção de novas habitações, pode também ser aplicado à adaptação de edifícios antigos que estejam a ser renovados.
Como é que o BIM ajuda?
E o que é que as casas passivas têm a ver com a metodologia BIM? Como pode adivinhar, a utilização do BIM, graças à utilização de uma ferramenta como o Autodesk Revit, oferece inúmeras vantagens na realização do projeto de uma casa passiva. Estas são as principais.
Permite uma abordagem holística. Os modelos 3D gerados com o BIM incluem informações pormenorizadas sobre o isolamento, as características bioclimáticas, os sistemas de ventilação e os componentes energeticamente eficientes da casa. Isto ajuda os designers e arquitetos a tomar melhores decisões.
Simulações energéticas. A utilização de soluções como o Revit facilita também as simulações energéticas e a análise do desempenho da casa passiva. Desta forma, ao analisar os fluxos de energia, a iluminação natural e o comportamento térmico da casa, é possível identificar possíveis melhorias e otimizar o desempenho energético.
Maior colaboração. Como em qualquer projeto BIM, a coordenação e a colaboração entre os diferentes intervenientes no processo de construção são melhoradas. Os projetistas, engenheiros, construtores e fornecedores podem trabalhar num modelo centralizado.
Documentação. Uma solução como o Revit permite gerar automaticamente planos, pormenores de construção e a documentação necessária para a construção da casa passiva. Isto inclui a geração de plantas, secções, alçados e detalhes específicos do sistema de construção utilizado numa casa passiva.
Análise de custos. A construção de casas passivas não é muitas vezes muito económica, pelo que a utilização do BIM permite fazer estimativas de custos e orçamentos mais precisos.
O conceito de passivhaus tem influenciado a evolução da arquitetura sustentável e é um bom exemplo de como obter o melhor desempenho energético possível de um edifício. Neste processo, o aparecimento de soluções como o Autodesk Revit, um software em constante evolução e para o qual acaba de ser lançada uma nova versão, é essencial.
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